MULHERES NO PODER? ANÁLISE DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NA ALTA GESTÃO DE EMPRESAS LISTADAS NA B3

DOCUMENTAÇÃO

Tema: Contabilidade

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AUTORIA

Ítalo Carlos Soares Do Nascimento , Josivanda Rodrigues De Moura , Annandy Raquel Pereira Da Silva , Geison Calyo Varela De Melo , Caritsa Scartaty Moreira

ABSTRACT
A presença feminina nas últimas décadas deixou de ser apenas em atividades domésticas, passando a atuar no mercado de trabalho e inserindo-se diretamente na economia. Essa evolução teve origem nas I e II Guerras Mundiais. Dessa forma, fez-se necessário que as mulheres assumissem os postos de trabalho antes ocupados pelos homens. No século XIX, criaram Leis consideradas de proteção especial às mulheres. Desde então, apesar de várias conquistas, ocupando diversos cargos em todos setores da sociedade, as mulheres ainda encontram dificuldades em cargos de destaque, estando a figura feminina ligada à imagem de sexo frágil e direcionada as atividades domésticas. Nesse contexto, cabe ressaltar que as mulheres se esbarram com o chamado Glass Ceiling (Teto de vidro) nas organizações, que ocorre de diferente formas, como por exemplo a desigualdade de gênero percebida na ocupação de cargos de níveis estratégicos, mais do que cargos hierárquicos inferiores, sendo aqueles preferencialmente ocupados por homens. Diante disso, este estudo tem como objetivo analisar a participação feminina na alta gestão de empresas listadas na B3. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva, quantitativa e documental, em 83 das 100 maiores empresas listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3), de acordo com o valor de mercado, com base em dados extraídos da Economática e do Formulário de Referência. Analisou-se a participação feminina nos cargos de alta gestão, isto é, no Conselho de Administração (CA) e na Diretoria Executiva (DE). De posse dos resultados, constatou-se uma maior participação feminina no CA, se comparada à DE, entretanto esta participação é considerada baixa, corroborando achados nacionais e internacionais. Verificou-se também que as empresas que fazem parte dos níveis diferenciados de Governança Corporativa são as que mais possuem mulheres em seus órgãos colegiados.

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COMENTÁRIOS
Foto do Usuário Juliano Augusto Orsi De Araujo 09-02-2021 09:50:35

Parabéns pela pesquisa e pelos achados. O tema é interessante e está super em voga. A avaliação aqui exposta é contributiva e visa auxilia-los em evoluir com a pesquisa pensando numa publicação científica futura. Na introdução, vocês abordam o surgimento do problema de agência, mas com referências muito ''jovens''. Tentem fazer um link com a teoria de Jensen e Meckling (1976), pois é ali que começa o conflito de agência. Também tentaria dar uma olhada na GC como um instrumento do acionista minoritário, sobretudo no Brasil, em função da alta concentração de capital e presença de empresas familiares no mercado. Ao analisar as referências, procure usar e discutir as pesquisa que vão, de fato, corroborar ou conflitar/discutir os teus resultados. As revistas científicas não estão muito preocupadas com a discussão teórica nesta sessão, em especial em pesquisas empíricas. Na metodologia, não perca tempo discutindo metodologia. Qualifique a pesquisa, como vocês fizeram e apresentem o ferramental que vocês utilizaram. Quanto à população, ao meu entender, são as 300 e poucas companhias abertas e vocês adotaram uma amostra de 83 maiores que disponibilizaram informações. Nos resultados, houve uma apresentação boa da estatística descritiva, mas não vi uma discusão boa com os estudos anteriores, apenas a indicação de 2 trabalhos no último parágrafo. Vocês poderiam ampliar esta discussão. Confesso que estava com sede de conhecimento nesta parte do trabalho, e continuei com ela. Na conclusão vocês afirma que há uma ascensão profissional da mulher, mas no trabalho não houve uma apresentação de comparativo para subsidiar esta afirmação. Também as contribuições teóricas e práticas poderiam estar mais bem sustentadas, estão um pouco vagas.

Foto do Usuário Jobson Ribeiro Cabral 09-02-2021 09:50:35

Tema extremamente importante e artigo excelente.

Foto do Usuário Juliana Santos Luiz 09-02-2021 09:50:35

O resumo é consumido pela contextualização da pesquisa, enquanto seu foco principal deveria ser nos resultados. Além disso, a contextualização que é apresentada no resumo, não tem a ver com a contextualização da própria introdução, que foca na governança corporativa. Sugiro que o ajustem para que o foco maior fique nos resultados e discussões da pesquisa. Na metodologia, sugiro inserir a data em que a pesquisa foi realizada nos formulários de referência das empresas. Sugiro ampliação das discussões dos achados com estudos anteriores. De modo geral, o artigo foi bem estruturado e bem escrito, parabéns aos autores.

Foto do Usuário Renata Cavalcante Girão 09-02-2021 09:50:35

É um temática muito relevante, porque realmente não vemos muitas mulheres em funções de poder, a não ser que sejam parentes dos donos, mas senti de falta de referências mais recentes. Mas talvez seja exatamente por não terem tantas pesquisas sobre o tema. Poderia-se considerar também a falta de estímulo as mulheres para tentar assumir posições mais altas, já que a cultura do ''homem no poder'' foi enraizada. Vocês conseguem enxergar um aumento na participação das mulheres no CA nos próximos anos ou é um número que vai demorar a crescer?

Foto do Usuário Amanda Vitória Vieira Da Silva 09-02-2021 09:50:35

Quanto à construção do texto, sugiro uma revisão no resumo, pois foge um pouco do propósito original de apresentação do trabalho. O tema é deveras interessante, mas pode ser mais aprofundada, como relacionar o nível de escolaridade, experiência e demais habilidades necessárias para participação de altos cargos entre homens e mulheres; porcentagem de mulheres na área e mulheres empregadas, comparando os dados com o do sexo oposto. Pergunta aos autores: Qual a opinião dos autores sobre a relação de maior governança corporativa e a presença de mulheres em altos cargos de administração? A pesquisa mostra um resultado até satisfatório com relação a participação feminina em altos cargos. Os autores concordam que esse seja um fato exclusivo observado ou que empresas menores seguem a linha de raciocínio

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