A óptica na práxis estratégica das pequenas e médias empresas: percepção dos consultores externos nas organizações
AUTORIA
Esdras Antunes Do Nascimento
ABSTRACT
A práxis organizacional estratégica representa um conjunto de atividades locais, socialmente aceitas e estrategicamente importantes, para a orientação e sobrevivência de uma organização (JARZABKOWSKI; BALOGUN; SEIDL, 2007). Nesse processo, os praticantes escolhem e adaptam as práticas existentes no contexto organizacional, bem como sintetizam práticas novas provenientes do ambiente extraorganizacional. Para Walter, Augusto e Fonseca (2011) as intervenções de consultorias se configuram como uma alternativa capaz de observar e relatar o fazer estratégico organizacional, tido como complexo e difuso. Pode-se associar a visão dos consultores com o conceito da óptica, que explica, a partir das proposições quanto às trajetórias seguidas pela luz, o estudo da natureza constitutiva da luz, as causas dos defeitos da visão, a projeção de imagens, o funcionamento de espelhos, a estrutura do átomo, entre outras coisas. Assim, este estudo investigou a práxis estratégica nas pequenas e médias empresas, sob a percepção dos consultores externos, a partir da aceitação de novas práticas pelos praticantes, descrevendo a interação dos estrategistas na adoção e sintetização destas práticas, bem como verificando como ocorre o processo legitimação e mudança isomórfica. A base teórica para realização da pesquisa foi sustentada na abordagem da estratégia como prática, associando-a com a teoria institucional, permitindo uma aproximação na relação existente entre o isomorfismo e a legitimação institucional com a adoção e sintetização de práticas pelos estrategistas organizacionais. Este é um estudo qualitativo, do tipo descritivo. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas com consultores de pequenas e médias empresas do estado da Bahia. Esses dados foram organizados e categorizados para interpretação por meio da análise de conteúdo. Como resultado a pesquisa apresenta um reconhecimento dos consultores enquanto atores importantes no fazer estratégico, o que contribui para a adoção e legitimação de práticas novas pelos praticantes nas organizações, repercutindo em mudanças isomórficas e melhoria do desempenho organizacional.
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